PF e órgãos ambientais desmontam garimpo ilegal no Rio Araçuaí, em Minas Gerais
05/11/2025
(Foto: Reprodução) Operação conjunta combate garimpo ilegal no Rio Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha
Polícia Federal/Divulgação
Uma operação conjunta das forças de segurança e órgãos ambientais foi deflagrada nesta quarta-feira (5) para combater o garimpo ilegal no Rio Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.
Batizada de Operação Falcão Dourado, a ação é conduzida pela Polícia Federal (PF), Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Agência Nacional de Mineração (ANM).
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Durante a operação, diversas dragas utilizadas na extração ilegal de minérios foram inutilizadas. Segundo a PF, os equipamentos funcionavam sem licenciamento ambiental ou autorização legal, configurando crime ambiental. Outros maquinários e materiais também foram apreendidos, e alguns envolvidos foram presos em flagrante.
A operação — que ainda está em andamento — ocorre em uma semana de destaque internacional para o Brasil, que participa da COP-30, conferência global sobre mudanças climáticas. Segundo a PF, a ação reforça o compromisso das instituições brasileiras com a proteção ambiental e o combate aos crimes contra o meio ambiente.
PF e órgãos ambientais desmontam garimpo ilegal no Rio Araçuaí, em Minas Gerais
Polícia Federal/Divulgação
O garimpo ilegal em áreas fluviais causa graves danos ao ecossistema e à saúde humana, principalmente pelo uso de mercúrio metálico, substância altamente tóxica empregada na separação do ouro. O metal pode contaminar rios, solos e peixes, e provocar danos neurológicos irreversíveis em pessoas expostas — sobretudo comunidades ribeirinhas e indígenas.
Além da contaminação química, o garimpo provoca assoreamento dos rios, perda de biodiversidade e degradação da qualidade da água, com efeitos de longo prazo sobre o meio ambiente.
As instituições envolvidas afirmam que as ações de inteligência e fiscalização serão ampliadas para impedir o avanço do garimpo ilegal em Minas e em outras regiões do país.
Os suspeitos poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da União e associação criminosa, com penas que, somadas, podem ultrapassar 10 anos de prisão. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos na exploração ilegal.
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