Licitação para concessão das Thermas Antônio Carlos de Poços de Caldas é encerrada sem proposta válida
03/12/2025
(Foto: Reprodução) Licitação para concessão das Thermas Antônio Carlos é encerrada sem proposta válida
A licitação da concessão das Thermas Antônio Carlos de Poços de Caldas (MG) à iniciativa privada foi encerrada sem uma proposta válida. A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) diz que irá avaliar os próximos passos para 2026.
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O certame do contrato estimado em R$ 130,8 milhões por um período de 30 anos recebeu apenas uma proposta, que foi considerada desabilitada por falta de comprovação técnica e, em razão da desclassificação a licitação foi dada como fracassada.
As Thermas Antônio Carlos também voltaram com alguns atendimentos em Poços de Caldas (MG)
Reprodução/EPTV
O edital para concessão foi lançado em maio deste ano. A abertura das propostas, marcada inicialmente para julho, foi adiada para setembro após aprimoramentos no edital, de acordo com a Codemge.
📄 Como eram as condições do contrato:
Valor: R$ 130.778.185,38;
Prazo de vigência: 30 anos;
Outorga fixa: R$ 109.308,89 (mínimo) | R$ 109.450,00 (ofertado);
Outorga variável (paga anualmente): correspondente a, no mínimo, 3%, e no máximo, 5% da receita bruta operacional;
Investimentos obrigatórios: R$ 7 milhões para reformas e restauração, sendo que deste total, R$ 6,2 milhões (88,6%) serão de aporte da própria Codemge.
Em sessão realizada em 8 de setembro, o lance de Júlia Perencin Junqueira - proprietária da cafeteria Casa do Colono, que funciona dentro das Thermas - foi a único da licitação. Ela ofereceu o valor de R$ 109.450 como outorga fixa (paga antecipadamente ao início da concessão), o que representa R$ 141,11 a mais que o valor mínimo estipulado.
A Codemge solicitou novos documentos à empresa, mas os técnicos do órgão consideraram que não houve comprovação de um dos critérios técnicos exigidos no edital. A candidata recorreu, mas o recurso foi negado e a licitação encerrada em 25 de novembro.
Privatização
Codemge abre licitação para as Thermas Antônio Carlos de Poços de Caldas
De acordo com a Codemge, a concessão das Thermas à iniciativa privada tem como objetivo buscar um parceiro com experiência para gerir o espaço para promovê-lo, integrá-lo a outros atrativos turísticos de Poços de Caldas e melhorar a qualidade dos serviços prestados.
O edital de concessão previa que os projetos de arquitetura e engenharia para a modernização e restauro das edificações que possuem valor histórico devem ter aprovação do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico de Poços de Caldas – CONDEPHACT-PC
Thermas Antônio Carlos
Interior das Thermas Antônio Carlos, em Poços de Caldas
Fabiana Assis/g1
As Thermas Antônio Carlos foram inauguradas em 1931, como o primeiro estabelecimento do Brasil a oferecer uma série de serviços e tratamentos de saúde a partir do uso da água termal.
Principal balneário de Poços de Caldas, a sua estrutura foi projetada no final da década de 1920 pelo arquiteto Eduardo Pederneiras e faz parte de um complexo hidrotermal e hoteleiro, integrado ao Parque José Affonso Junqueira.
Com grandes vãos em arco pleno e escadaria suntuosa, sua arquitetura reflete o gosto eclético, com predominância de elementos decorativos do repertório neoclássico. Abriga salas de banho, duchas, saunas, piscina, ofurô, salas de inalações e pulverizações.
Posicionadas no centro de Poços de Caldas, as Thermas são abastecidas de água sulfurosa que vem da Fonte Pedro Botelho, localizada ao lado do prédio. As águas, que afloram quentes a aproximados 45° C, são conhecidas por suas propriedades terapêuticas para problemas circulatórios, de pele e de articulações.
Em 2018, o Governo de Minas Gerais passou a gerir o local. Entre os serviços oferecidos estão banhos termais, duchas, tratamentos faciais, massagens, shiatsu, barras de access, acupuntura, hidroginástica, natação, manicure, pedicure e pilates.
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