Índice de casais sem filhos em Poços de Caldas e Pouso Alegre está acima da média nacional

  • 18/11/2025
Nova estrutura familiar: cresce número de casais sem filhos no Brasil, segundo IBGE O número de casais sem filhos em Poços de Caldas e Pouso Alegre, as duas maiores cidades do Sul de Minas, está acima da média nacional. Os dados são do suplemento "nupcialidade e família" do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados neste mês de novembro. 📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram Em 2022, o Brasil tinha 72,3 milhões de unidades domésticas. O Censo mostra que casal sem filhos foi a composição familiar que mais cresceu nas duas últimas décadas, saltando de 13% em 2000 para 24,1%, em 2022. De acordo com os dados do IBGE, Poços de Caldas está quase 4 pontos percentuais acima da média nacional. Na maior cidade do Sul de Minas, 28,08% dos lares estão nesta condição. Já em Pouso Alegre, esta configuração representa 25,16%. Em contrapartida, Varginha e Passos estão abaixo, mas bem próximas da média nacional, com 23,96% e 23,49%, respectivamente. Número de casais sem filhos nas duas maiores cidades do Sul de Minas é maior que a média nacional Reprodução/TV Vanguarda O cientista social Rafael Kraus Renda explica que a alteração da configuração do modelo familiar no Brasil é reflexo das mudanças ocorridas na sociedade nas últimas décadas em vários lugares do mundo. "A gente está mudando o núcleo familiar. O Sérgio Buarque de Holanda falava que a família é a base da sociedade brasileira, e essa mudança vai acompanhar o que o Brasil está representando. A gente tem um projeto muito mais de individualização, projetos pessoais colocados à frente da questão dos filhos. Além disso, os custos de vida estão muito altos e você tem a questão de uma reprogramação da mulher que está com alta taxa de escolaridade e, felizmente e finalmente, foi inserida no mercado de trabalho e, ainda que ganhando um pouco menos do que os homens, elas já são chefes de família e responsáveis pelo lar em vários dos lugares", afirmou. Os números comprovam. O Censo detectou que o país tinha cerca de 7,8 milhões de mulheres cuidando dos filhos sem a presença do cônjuge ou de outros parentes em 2022. Essa composição familiar que era presente em 11,6% das famílias, em 2000, subiu para 13,5%. Além disso, de 2000 para 2022, o percentual de famílias com responsáveis do sexo masculino recuou de 77,8% para 51,2%. Já o percentual de famílias cujo responsável era mulher cresceu de 22,2% para 48,8%. Outras mudanças foram apontadas pelo Censo 2022. Pela primeira vez, menos da metade das famílias do país são formadas por casais com filhos. De 2000 para 2022, o percentual desse tipo de composição recuou de 56,4% para 42% do total de famílias. Segundo o IBGE, de 2000 para 2022, o número de unidades domésticas unipessoais (com pessoas morando sozinhas) triplicou, saltando de 4,1 milhões para 13,6 milhões (19,1% do total). "O significado da família ele mudou, mas não perdeu a importância, ele só se diversificou. A gente tem uma família que continua sendo essencial para a estrutura da sociedade, só que ela agora é um pouco diferente, com novas formas de família, mães solteiras, pais solteiros, casais homoafetivos. Todas essas novas formas de família não significam a quebra de um padrão, significam a flexibilização dele", afirma Renda. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2025/11/18/numero-de-casais-sem-filhos-em-pocos-de-caldas-e-pouso-alegre-esta-acima-da-media-nacional.ghtml


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