Casal mantém há quatro gerações a tradição do queijo artesanal serrano com maturação em araucária

  • 13/09/2025
(Foto: Reprodução)
Entre Serras e Queijos - 2ª temporada EPTV Em meio a tábuas de araucária e litros de leite fresco, um casal carrega nas mãos a herança de quatro gerações. Seu José Machado e dona Salet dedicam a vida ao queijo serrano, produzido de forma artesanal e com técnicas passadas de pais para filhos. A EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, exibe neste mês de setembro o programa "Entre Serras e Queijos", que mostra a história e as curiosidades da cultura queijeira. Nesta 2ª temporada, viagens, tradições e premiações que mostram por que o queijo é paixão nacional. Assista ao primeiro programa da 2ª temporada do "Entre Serras & Queijos" Um casal, quatro décadas e um queijo Na propriedade herdada dos bisavós, em Capão Alto (SC), José e Salete trabalham juntos há mais de 40 anos. Sem funcionários, os dois transformam 200 litros de leite em até 30 quilos por dia. “A vida inteira. Nasci, me criei aqui. Estamos por aí. É uma herança de família, né? Eu estou na quarta geração e a gente está teimando", conta José. Já a lembrança de Salete vem da infância: “A mãe sempre fazia queijo, daí eu queria ajudar. Pedi pro pai uma forminha pequenininha e fazia meus queijinhos”. Casal mantém há quatro gerações a tradição do queijo artesanal serrano com maturação em araucária Devanir Gino/EPTV As peças, de formato retangular, têm massa semidura e textura amanteigada. Um dos diferenciais do queijo serrano é a maturação em tábuas de araucária, árvore símbolo da região. O processo dura no mínimo 60 dias. José explica por que não abre mão dessa tradição: "Eu não tenho nem experiência de maturar em outro lugar, porque ele não dá certo. Se colocar em uma fórmica, ele não respira, aí o soro permanece ali e não dá certo. [...] A araucária é a única madeira que dá certo. E é daqui". Todo esse cuidado é refletido nas vendas feitas para restaurante, mercados, empórios e bancas de estrada. Conforme os produtores, cerca de 30% da produção é comercializada diretamente para o consumidor final. Casal mantém há quatro gerações a tradição do queijo artesanal serrano com maturação em araucária Devanir Gino/EPTV Herança da Serra da Estrela Produzido há mais de dois séculos nos Campos de Cima da Serra, região que abrange Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o queijo serrano carrega influências diretas do queijo da Serra da Estrela, feito em Portugal desde a Idade Média. Adaptado ao clima frio, ao solo e às pastagens naturais do Sul do Brasil, o queijo artesanal serrano nasceu como alimento das tropeadas e também servia como moeda de troca. Até hoje, mantém o uso de leite cru e integral de vacas das propriedades. O processo artesanal exige controle rigoroso de temperatura, umidade e ventilação, preservando características únicas de sabor, aroma, textura e cor. “O queijo serrano é inconfundível, o sabor dele é inconfundível. Hoje tem muito produtor que é a principal renda. Então, é uma importância bem relevante pro nosso estado”, diz André Medeiros, presidente da Associação de Produtores de Queijo Artesanal Serrano da Serra Catarinense (Aproserra). Além de ser uma importante fonte de renda, a produção contribui para a preservação dos campos nativos e da paisagem serrana. Casal mantém há quatro gerações a tradição do queijo artesanal serrano com maturação em araucária Devanir Gino/EPTV Selo de origem mudou os rumos da produção Em 2020, o queijo serrano recebeu a Indicação Geográfica “Campos de Cima da Serra”, concedida pelo INPI. Foi o primeiro queijo brasileiro a conquistar a modalidade Denominação de Origem (DO) — reconhecimento que antes só produtos europeus de tradição, como o francês Roquefort, ostentavam. A certificação abrange 34 municípios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, em uma área de mais de 34 mil km². O nome faz referência às altitudes elevadas da região, marcada pelos campos naturais e pelas florestas de araucária. Segundo a Epagri, instituição que acompanha os produtores, o selo valoriza não apenas o produto, mas também o território e sua cultura: “Tem toda uma questão de relevo, de vegetação, a questão climática, a questão histórica, cultural e o saber fazer desse queijo que ele passa de geração a geração. [...] A denominação de origem liga o produto a este território”, explica Ana Paula Schlichting, engenheira agrônoma da Epagri/SC. Casal mantém há quatro gerações a tradição do queijo artesanal serrano com maturação em araucária Devanir Gino/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/entre-serras-e-queijos/noticia/2025/09/13/casal-mantem-ha-quatro-geracoes-a-tradicao-do-queijo-artesanal-serrano-com-maturacao-em-araucaria.ghtml


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